18.8.11



[...]
"Tenho as malas  prontas e  uma Saudade do que ainda está por vir ."
“Vai menina, fecha os olhos. Solta os cabelos. Joga a vida. Como quem não tem o que perder. Como quem não aposta. Como quem brinca somente. Vai, esquece do mundo. Molha os pés na poça. Mergulha no que te dá vontade. Que a vida não espera por você. Abraça o que te faz sorrir. Sonha que é de graça. Não espere. Promessas, vão e vem. Planos, se desfazem. Regras, você as dita. Palavras, o vento leva. Distância, só existe pra quem quer. Sonhos, se realizam, ou não. Os olhos se fecham um dia, pra sempre. E o que importa você sabe, menina. É o quão isso te faz sorrir. E só.”


- Caio Fernando Abreu.
“Tão difícil deixar fluir. Mas é o que precisa ser feito agora. Virar barquinho, mesmo. Relaxar e observar o caminho, a paisagem. E assim vamos fluindo… Correnteza leve, por favor. Que não estamos assim muito prontos pra grandes tormentas. Tá tudo bem na verdade. É só uma questão de se encontrar. Porque as vezes eu me perco e fico me procurando, e não me acho. Mas quem sabe assim, deixando que a água vá me levando, não dá certo, né? Deus dará…”




- Caio Fernando Abreu.


“Levanta dessa cama garota. Anda! Sei que tá doendo, mas levanta. Coloca uma roupa. Passa a maquiagem. Arruma esse cabelo. Ajeita a armadura. Segura o coração. Sai por aquela porta. Enfrenta o vento. Sorri pro Sol. Segura o coração. Olha pra ele. Passa reto. Não caia. Não caia. Engole o choro. Fingi de morta quando ele falar com você. Seja fria. Continue andando. Enfrente seus problemas de cara. Reaja. Vai. Tá pensando que é só você que sofre? Tá enganada. Anda menina. Para de ser infantil. A culpa não é de ninguém….Se apaixonou agora segura. Anda. Seja forte. Seja feliz. Seja uma mulher.”




- Caio Fernando Abreu.

5.8.11

Fabrício Carpinejar.




“Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. De alterar o trajeto para apressar encontros. Medo de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Você tem medo de se apaixonar. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo de que ele não precise de você. Medo de que não queira reparti-lo com mais ninguém. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir.”

Adaptação e trechos de Crave, Sarah Kane

“E eu quero … beijar seu rosto, segurar sua mão e sair para andar…
Falar sobre o seu dia e rir da sua paranóia.
E te dar fitas que você não ouve, ver filmes ótimos, ver filmes horríveis.
Te querer pela manhã, mas deixar você dormir mais um pouco.
Te dizer o quanto adoro suas mãos.. seu sorriso.
Me preocupar quando você está atrasado, e ficar surpresa quando você chega cedo…
Me arrepender quando estou errada e ficar feliz quando você me perdoar.
Olhar suas fotos e querer ter te conhecido desde sempre.
Ouvir sua voz no meu ouvido, sentir sua pele na minha pele, e ficar assustada quando você se irritar. E te dizer que você está lindo, e te abraçar quando você estiver ansioso, e te apoiar quando você estiver chateado…
Me derreter quando você sorri, me desarmar quando você ri….
Comprar presentes que você não quer e devolvê-los de novo e de novo.
E te pedir em casamento, e você dizer “não” de novo mas continuar pedindo, porque embora você ache que não era de verdade, sempre foi sério, desde a primeira vez que pedi.
Ando pela cidade pensando. É vazio sem você, mas eu quero o que você quiser e penso:
… Vou contar o pior de mim e tentar dar o melhor de mim porque você não merece nada menos que isso…”
Caio Fernando Abreu




'Que vontade, que vontade enorme de dizer outra vez meu amor, depois de tanto tempo e tanto medo. Que vontade escapista e burra de encontrar noutro olhar que não o meu próprio - tão cansado, tão causado - qualquer coisa vasta e abstrata quanto, digamos assim, um Caminho. Esse, simples mas proibido agora: o de tocar no outro. Querer um futuro só porque você estará lá, meu amor. O caminho de encontrar num outro humano o mais humilde de nós. Então direi da boca luminosa de ilusão: te amo tanto. E te beijarei fundo molhado, em puro engano de instantes enganosos transitórios - que importa?'
Caio Fernando Abreu  





"Apanhe todos os pedaços que você perdeu nessas andanças e venha."

3.8.11

"Relaxa baby e flui: barquinho na correnteza, Deus dará."


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"Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou (...). Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia (...). Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser à toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena. Remar. Re-amar. Amar."

 

 
- Caio Fernando Abreu

1.8.11

" Abre os olhos, é segunda-feira. Pisca, é sexta. Onde foi parar a semana?[...] E de repente...Percebe que quer o mundo , mas o tempo não deixa ."